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A vocação às artes é intrínseca à infância. Influenciada pelo pai, Fernanda Victorello tomou corpo pelas pinturas. Aperfeiçoou o dom com aprendizado técnico e teórico para expansão da criação. Pra ela, estudo e esforço são tão grandes méritos quanto o próprio talento. Traço marcante, mistura de gostos e sonoridades que vão de Sepultura e Metallica à Elvis Presley e Amy Winehouse. Nas artes, Leonardo Da Vinci (artista cientista), William-Adolphe Bouguereau (pintor clássico), Alberto Vargas (pin-ups)... Da música migrou à moda, das agências ao atendimento direto aos estilistas. Cavalera, Herchcovitch, Ópera Rock, Hering, More Core Division. A técnica que ela chama de industrial, aplica sobre joias polidas, que exibe a delicadeza feminina. As suas obras ganharam evidência em importantes salões de arte do mundo, como Nova York. 


O orientador de sangue dentro de um ambiente fértil de criação

Sem dúvida, o meu pai, Eduardo Victorello, é uma sempre influente presença em minhas criações. Sou privilegiada por ter nascido no seio de uma família que estimula o desenvolvimento artístico. Meu irmão Guilherme Victorello, também desenhista, atua na área de animação. Temos uma série de trabalhos que fizemos em caráter experimental, testando novas técnicas e possibilidades de composição. Um dos projetos nasceu por acidente, ao ver alguns trabalhos que meu pai havia desenvolvido em um caderno. Sugeri técnicas e acabamentos projetando formatos maiores e fomos ao curador Paco de Assis, que emplacou uma exposição com dezessete peças. Considero essa expo, série chamada “Cavalos”, resultado dos exercícios e muita observação sobre o desenvolvimento criativo do meu pai.


Desenho Artístico, Ilustração Publicitária, Design Gráfico, Desenho Industrial e extensão Acadêmica em Criação de Joias, na faculdade de Belas Artes de São Paulo

No trabalho autoral abordo aspectos humanos comportamen- tais e emocionais, elementos e fragmentos dos reinos animal e vegetal, sobre novas bases e formatos e ideias anotadas ao longo dos anos. Aplico ilustrações sobre produtos, e séries sobre madeira com a intervenção de pregos e linhas, usando também quebra-cabeças como elemento. São influências de ilustrações de Leonardo da Vinci, MC Escher, Caravaggio, William-A- dolphe Bouguereau, Guy Denning, Shallow Grave Studios, Gil Elvgreen, Alberto Vargas, H. R. Giger e Hajime Sorayama, Norman Rockwell. E artistas contemporâneos sem campos artísticos, como Shane Pierce, Tay Herrera, Michael Zajkov.

Sepultura, Metallica, Rob Zombie, Crucified Barbara, Lynyrd Skynyrd, Kiss, Black Sabbath, Megadeth, Elvis, Chris Cornell, Janis Joplin, Jimmi Hendrix, Johnny Cash, Etta James, Albert King, Chris Cornell, Bob Marley, Beethoven, Mozart 

Ao mesmo tempo em que aprendia a desenhar, também aprendia a tocar. Esses dois universos para mim têm uma relação muito próxima e estão absolutamente ligados a trilhas sonoras. Hoje trabalho junto de alguns ídolos, exemplo de Paul Pesco, do Sepultura. Abraço o rock em suas diversas vertentes. E abro espaço para ritmos como reggae, blues, r&b, jazz, música clássica. Acredito que a letra, ritmo, melodia, influenciam e contribuem muito no campo das ideias. A música funciona como um potencializador de foco, isola outras informações e contribui fortemente na criação.

Ilustração em escala, exploração sobre o corpo, arte tridimensional, tendências de comportamento

A moda é um importante canal para a viabilização da ilustração em escala, comunica e propaga mensagens. A forma gráfica é um constante desafio, pois a base não é o papel. Explorar o corpo fornece milhões de possibilidades. O tecido tem suas peculiaridades e técnicas específicas, onde a ilustração ganha movimento. Já criar joias é uma oportunidade de desenvolvimento tridimensional de elementos e formas já pensados bidimensionalmente.


A mente humana e seu equívoco sobre autoconhecimento 

No autoral, faço registros a respeito de alguns fatos e personagens que prendem a minha atenção ou por convicções ideológicas. Melro – 2011, é uma misteriosa chuva de pássaros mortos que cai em Louisiana e no Arkansas. O fato gera questionamentos sobre prováveis ações humanas afetando o equilíbrio da natureza nestas áreas. Mask – 2014, apresenta a dificuldade de enquadramento nos padrões humanos. A sociedade muitas vezes nos induz a criar uma nova versão de nós mesmos privados da liberdade da mente, em prol da estabilidade e falta de emoção. Este processo de construção do ser “nulo”, representado pela face pálida e inexpressiva em amarras e máscaras – representada pelo pássaro surgindo abruptamente em meio à escuridão. Ogive – 2017, aborda a mente humana e seu eterno equívoco sobre o autoconhe- cimento. Eventos ao longo da vida nos colocam à prova, revelando que pouco sabemos sobre nós mesmos. Para que a mente se reequilibre e busque conforto emocional, o crânio é representado no âmbito da ciência, na fé ou na natureza.

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